Guanabara

A série Guanabara nasce do desejo de observar o que pulsa em torno da baía que é esse espelho de água onde o movimento nunca cessa. Em diferentes pontos, a câmera se torna extensão do olhar, registrando as múltiplas formas de vida que se desenrolam à beira d’água.

Há crianças que pulam no mar, navios imensos que cruzam o porto como gigantes de ferro, vendedores ambulantes que seguem o ritmo das marés, oferecendo seus produtos entre risadas e acenos. Em outro canto, pessoas tomam sol distraídas, e famílias observam aviões decolando, como quem sonha com o que há além da linha do horizonte.

A água da Guanabara se move como um corpo vivo, ora mansa, ora densa, sempre refletindo o céu e a cidade. Ao redor dela, tudo vibra: sons, cheiros, passos, histórias. É um espaço de encontros e contrastes, onde o cotidiano se mistura à grandeza do cenário natural e industrial.

Em Guanabara, cada fotografia é uma tentativa de capturar o fluxo do mar e o da vida. Entre o brilho da superfície e o peso da cidade, o que se revela é uma poética do movimento: o constante vai e vem que define não apenas a baía, mas também quem vive às suas margens.