Feiras
Vila Velha - ES
Feira de Aribiri
Em um domingo de manhã, no coração de Vila Velha, vivi a experiência vibrante da Feira de Aribiri.
O sol de outubro já aquecia o asfalto quando cheguei, e logo fui envolvida pelo vai e vem das pessoas, o som das conversas, e o aroma misturado de frutas, peixes e temperos.
Era época de jabuticaba e elas apareciam por toda parte nos cestos cheios das esferas negras e brilhantes que atraíam olhares e lembranças de infância.
Em uma das barracas, um vendedor simpático me apresentou o rambutam, “parente da lichia”, como ele explicou, destacando com orgulho as diferenças de sabor, textura e até da época do ano em que cada uma surge.
A feira era um banquete para os sentidos: peixes e camarões frescos, sururu, carne de porco, boi, frango, e ostras que vi ali pela primeira vez.
Havia também linguiças penduradas, sacos de feijão de vários tipos, café em grãos moído na hora, e uma profusão de temperos que perfumavam o ar.
Entre uma barraca e outra, flores e suculentas coloriam o ambiente. Garrafas de polpa de maracujá pronta para uso me pareceu uma invenção prática e encantadoramente simples.
E enquanto tudo isso acontecia, um fluxo constante de bicicletas cruzava os corredores estreitos da feira, desviando de barracas e sacolas com uma agilidade quase ensaiada.
As pedaladas, despertavam olhares impacientes dos feirantes que resmungavam entre um cliente e outro, cansados das bicicletas que insistiam em disputar espaço com as bancas.
Um pequeno retrato da convivência caótica e viva que faz parte do charme e da realidade das feiras populares.